quinta-feira, 10 de abril de 2008

Muita torcida e ataques

Com o Engenhão lotado de alvinegros (29.691 pagantes, mais os que entraram de graça depois que abriram os portões), o resultado não poderia ser outro se não a classificação do Glorioso para a próxima etapa da Copa do Brasil, contra a Portuguesa.
O primeiro tempo, assim como os 15 minutos iniciais do segundo, foi um massacre botafoguense. O River sequer conseguia passar do meio de campo. Segundo Cuca o Botafogo teve 26 chances de gol, sendo 15 delas claras. Com bem menos oportunidades, o Botafogo havia goleado o Macaé por 7x0. Mas o que mais assustou a grande torcida alvinegra não foram os gols perdidos (esperamos que tenham gastado toda a cota de gols perdidos ontem), e sim o recuo do Botafogo após o segundo gol, que criou um certo clima de suspense e temor a cada ataque do River do Piauí, que passou a se arriscar um pouco mais no ataque, e que se fizesse um gol levaria a decisão para os pênaltis.
A ineficiência na finalização, principalmente com Jorge Henrique, a insuficiente exibição dos armadores Lúcio Flávio e Zé Carlos, que pouco produziam em lances que não fossem de bola parada, e uma certa distração do foco da equipe - que com 2 a 0 talvez já pensasse no jogo de domingo -, levaram a criar um certo nervosismo tanto em campo, com Túlio e André Luís levando cartões bobos, como fora, já que os torcedores que antes apenas festejavam, agora ou se calavam, ou reclamavam do time.
De positivo ficaram as participações de Triguinho, que produziu muito pelo lado esquerdo, André Luís, que além de ir bem na defesa marcou um belo gol, Wellington Paulista, que mostra ter bom posicionamento e estrela de artilheiro (o que me recorda o último ídolo alvinegro: Túlio Maravilha), e Diguinho, um leão em campo, além de fazer seu papel defensivo, foi um dos principais alimentadores de jogadas no campo ofensivo, com bons passes e alguns chutes.


NOTAS:

Castillo (6) Pouco participou do jogo. No primeiro tempo, no único chute do adversário deu um susto na torcida ao rebater para frente uma cobrança de falta de longe. Mas no segundo conseguiu fazer duas importantes defesas.

Alessandro (6) Não foi tão bem. Participou menos do que se esperava, principalmente em um jogo que o Botafogo precisava atacar pelas laterais.

Renato Silva (6) Não comprometeu.

André Luís (8) Resolveu jogar futebol. Tomou conta da defesa e ainda fez um belo gol.

Triguinho (7) Ótima partida. Parece ter se soltado no time. Participou de boas jogadas pela esquerda.

Túlio (6) Teve a consistência de sempre, mas pareceu nervoso com lances bobos, o que aliás não é novidade em jogos decisivos. Precisa rever seu comportamento para não prejudicar o Botafogo em horas cruciais.

Diguinho (8) Não é o Leandro, mas é Guerreiro. Além de ser um cão de guarda da defesa, consegue sair jogando bem, participou de várias jogadas ofensivas e ainda arriscou alguns chutes.

Lúcio Flávio (5) Um daqueles jogos para dar razão aos críticos do maestro. Foi lento, burocrático e pouco criativo. Apenas razoável nas bolas paradas.

Zé Carlos (6) Participou de muitas jogadas ofensivas mas acertou poucas. Uma foi o passe, como se fosse com a mão, para o segundo gol. A outra, na trave seria um golaço de placa. Fora isso demonstrou sua limitação técnica.

Jorge Henrique (6) Não parece ser o mesmo JH de algumas semanas atrás. Mas ao mesmo tempo dá impressão de que joga quando quer. Sofreu um pênalti claro, não marcado pelo juiz. Mas errou muitas finalizações, o que aliás é de praxe tratando-se dele.

Wellington Paulista (7) Marcou o quarto gol dele na Copa do Brasil em três jogos. É o artilheiro alvinegro em 2008, sem dúvida. Porque tem boa finalização, posicionamento e estrela, o que no Botafogo é essencial. Além disso é muito raçudo, saiu de campo exausto.

Édson, Eduardo e Fábio entraram no segundo tempo e não fizeram nada importante. A entrada de Fábio no lugar de Zé Carlos (a primeira das três), aliás, provocou uma queda de rendimento
do time.

Cuca (7) Armou um time ofensivo sem mexer nas peças. Liberando sempre um dos laterais e um dos volantes, principalmente Triguinho e Diguinho. O que fez com que o River ficasse acuado no campo defensivo. O time produziu bem, e não tem culpa dos erros nas finalizações. O seu defeito ontem foi nas substituições.

Melhores momentos de Botafogo 2 x 0 River (PI)

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